Eu sempre vi a vida
de uma forma bastante síncrona.
Desde menino ia na Ordem
com minha avó. Amava.
Tanto ela quanto a coisa do místico,
do oculto, do indisponível naturalmente.
Nem sabia o nome de nada disso.
Nem sabia que estas coisas tinham um.
Eu tenho uma coisa em mim
Que é penoso traduzir
Porque nunca “bate” com a palavra
Mas acho que posso chamar,
então com aspas mesmo,
de “paixão”… que é a música.
Não é paixão, é o ritmo da coisa
Que me pega feito paixão fulminante
Não é amor é o batuque…
Porque amor não vem e vai!
O violão, sim, vem e vai: por causa
de um probleminha que eu tenho
com a minha amiga coragem…
Eu falo da voz, do som, da poesia, da melodia
da alma da parada.
O ritmo é que me mostrou
No meu viver
(e sem que eu pudesse perceber)
Que há mesmo uma espécie
de sincronia em tudo!
Um tipo de ritmo universal
Que pulsa, sozinho, independente.
Hoje eu não duvido mais nem
da sincronicidade do universo…
Hoje eu me sinto mais esperto com essa coisa.
Estou mais atento, mais observador.
Também fico confortável
com quem preferir chamá-la de coincidência.
Porque, pra mim, o que importa é que acontece, simplesmente.
O nome pouco importa, o que importa é que,
sendo amigo da “coincidência”, ela me ensina a ver melhor.
(quiçá pudesse entendê-la antes de outra vida)
Ela ensina-me a ver
ela ensina-me a aprender a ver direito…
Isto é a sincronicidade pra mim.
Por exemplo,
a sincronicidade nos números.
Em diversos estudos, o número UM é “reconhecidamente” sagrado:
UM é o início.
UM é o princípio.
UM remete à criação.
Uno.
Uma vida!
O indivíduo!
One.
Eon!
O indivisível UM!
O DOIS também tem suas “divinas” particularidades,
mas é tão comum que é quase impossível pensar
teosoficamente sempre sobre ele.
No entanto é mais perceptível quando olhamos para as “dualidades” das coisas:
o céu e a terra, amor e ódio,
a luz e a escuridão, a verdade e a meia-verdade,
os paradoxos, enfim.
O DOIS também simboliza os extremos, os opostos.
Conforme o ponto de vista, os opostos podem ser considerados uma mesma coisa
ou seja, o DOIS também é o UM,
pois quando cada dupla de extremos possui uma mesma natureza
como o quente e o frio, o ódio e o amor
hermeticamente são considerados uma mesma coisa
apenas diferentes em graus nas suas respectivas “escalas”…
“A transmutação é a capacidade
de mover-se de um extremo em direção ao outro
buscando o equilíbrio
bem no meio!”
O DOIS nasce do UM.
Um casal surge de DOIS indivíduos,
seres únicos, que quando resolvem,
juntos, fecundam o UM: o filho
ou seja, a vida!
Mas 2 é a terra onde 3 é o céu:
O enxofre, o mercúrio e o sal.
A trindade.
A Trinity de Matrix!
(mulher de “Neo” – coincidentemente ou não)
A triangular sabedoria do três.
É o princípio agindo…
De UM indivíduo que junta-se com mais UM indivíduo
forma o casal: DOIS.
Deste surge o filho, que faz tudo virar 3!
Que faz tudo voltar a ser UM: a família.
(sempre passível de expansão – é claro)
Agora imagina o “divino” UM
repetido TRÊS vezes:
1 1 1
O cento e onze é mágico! Esse sim!
Um exemplo de sincronicidade dos números, no caso o 111, nos livros:
Se eu pego uma edição de um livro qualquer nas mãos
e tenho algum interesse em descobrir algo sobre o seu potencial de sincronicidade comigo, ou apenas ter uma ideia do que o autor(a) tem pra me oferecer, principalmente naquelas edições que eu ainda não li, abro, quase sempre, primeiro na página 111, se ela estiver disponível obviamente, senão abro na página 55 – mas esta parece que não funciona tão bem!
A primeira mensagem – ou a última – nessa página 111, quase sempre revela se o autor está em sincronia comigo. Geralmente a mensagem se mostra acertada para o meu momento. A primeira ideia ou a última, nessa página. Depois é que eu busco pela editora, pelo prefácio, pelo índice, contracapa, essas coisas…
Vejamos um teste em tempo real:
Tomei o dicionário Lya Luft, edição de 2003, página 111 (…)
Primeira palavra da página: “Beirada”
(…)
“risco”? Me pergunto!
Leio então a última palavra da mesma página:
(…)
“Bem-criado”.
Ou a Lya Luft é “raçuda” mesmo ou
“o bem-criado está na beirada”…
Até me fez lembrar deste texto
Um Salto em 13/07/2017
que trata exatamente desta minha sensação recente.
Achei curioso também que nesta mesma página
aparece a palavra “Belzebu” (Diabo).
Essa dispensa apresentações…
E vem figurando exatamente antes da palavra “bem” (no sentido virtude)
e que vem antes de outros “bens”, nesta mesma página, na seguinte ordem:
“Bem acabado”;
“Bem apessoado”;
“Bem aventurado”;
“Bem-vindo”;
“Bem-avisado”;
(…)
O 55 é uma espécie de irmão mais jovem do 111.
Geralmente o 55 aparece como uma mensagem de que aquilo que eu estou fazendo na hora está certo e que estou me preocupando à toa.
Se por acaso, não me parece muito certo aquilo que eu estou fazendo,
a mensagem vira um “precisa refletir mais sobre suas ações” principalmente esta que resultou um “55”. (rs)
Coisas do meu ser mais louco que há!
E o mesmo ocorre com o número 89, mas de outras formas.
Na sequência Fibonacci,
que eu usei bastante no mercado financeiro,
e é simplesmente bizarra, estes dois números
têm a relação de que 1,618 (o tal do número dourado)
que eu uso em tudo que posso e me lembro,
multiplicado por 55 noutro número bizarro: 88,99
É como se me dissesse: arredonde isso para 89″ e fique atento! (rs)
Por isso, para estes dois números eu determinei um maior grau de importância.
E é incrível onde eles aparecem pra mim!
Mais um teste em tempo real:
página de um número “famoso”: 666
(já que tem esta)
(…)
A última nesta página: vazio
“oco”, “vácuo”, “falta de espírito”!
Eu achei perfeita!
mas é só um exemplo que eu assumi que iria colocar aqui…
Eu boto fé, mesmo que muitas vezes
Eu não consiga entender, mas
eu consigo perceber que estão ali.
(mas entendo também qualquer um que “não bote fé”)
O que importa é que prestamos mais atenção
quando nos abrimos a isso!
Este é o meu próprio estudo empírico…
E quanto mais eu presto atenção aos números,
mais me surpreendo.
Acredito no exercício disso,
como se pudéssemos “evoluir” nessa percepção.
Acredito que a sincronicidade dos eventos
é uma questão de percepção.
Já li que as pessoas que passam pelo
processo iniciático desenvolvem
maior sensibilidade à “sincronicidade”.
Aquela mesma que Jung escreveu sobre,
tentando validá-la.
(pra mim à esmo)
Jung era “o cara”,
mas não foi feliz nesse trabalho!
Eu sou mais hermetista nessa hora
que fã de psicologia analítica, que
aliás, eu também adoro,
mas enfim.
Entendo ser possível explicar isso
de muitas outras formas diferentes
e igualmente sem nenhum fundamento lógico
ou nexo causal
Mas entendo que, talvez, no fundo,
jamais possamos explicar nada disso.
Por enquanto
me conforta que não é proibido observar!